EPISÓDIO 07 - Sertão
Região Irecê (São Gabriel e Central)
PLANTAS, ERVAS E FOLHAS UTILIZADAS
Andu (Cajanus cajan) é uma planta introduzida no Brasil a partir da rota da escravidão e tornou-se um tipo de feijão muito consumido no nordeste brasileiro, por sua boa adaptação a diferentes climas e solos e por ser arbustiva possibilita alta produção de grãos durante em alguns anos. Alguns segredos no cozimento ajudam a melhorar seu sabor levemente amargo.
Sorgo (Sorghum bicolor) é um cereal muito produzido no mundo, seja para alimentação humana ou ração animal. No Brasil sua introdução ainda é pequena, normalmente utilizada para alimentação animal, entretanto é um cereal muito rico e com fácil adaptação a climas secos, tornando-o um grande potencial para algumas regiões.
Quiabento (Pereskia Zehntneri) é um tipo de cacto endêmico do nordeste brasileiro que é muito utilizado como cerca viva, em alguns casos para alimentação animal. É uma planta próxima a ora-pró-nobis, porém por possuir grande viscosidade, raramente é utilizada para alimentação humana. Entretanto, com técnicas culinárias adequadas pode ser uma ótima opção.
Maracujá do mato (Passiflora cincinnata Mast.) é um tipo de maracujá nativo do semiárido nordestino. Possui grande resistência à seca e a pragas comuns ao maracujá. Possui um gosto característico que possibilita combinações culinárias surpreendentes.
Velame (Croton heliotropiifolius) é uma planta muito encontrada no sertão brasileiro, normalmente conhecida por sua ação medicinal. Ela possui níveis de toxidade moderado, portanto não deve ser consumida em grande quantidade, entretanto, pode ser bem utilizada na culinária para aproveitar seu ótimo potencial aromático.
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Obs: As plantas usadas no programa que são menos conhecidas pela população em geral são também conhecidas por Plantas Alimentícias não Convencionais (PANCs) ou Plantas Tradicionas. De maneira geral são plantas de fácil cultivo, algumas encontradas em canteiros e terrenos abandonados nas cidades, e ricas em nutrientes e características culinárias únicas. Podem e devem ser inseridas em receitas do dia a dia, sendo uma ótima forma de complementar a alimentação. Entretanto a sua correta identificação não é simples. A natureza é muito diversa e plantas semelhantes podem apresentar toxidade contra indicada para o consumo humano, ou alguma substância que seja especificamente ruim para quem possui condição de saúde diferenciada, ou ainda necessitar de um processo específico de cozimento e pré-preparo. Busque feiras e agricultores, solicite essas plantas e ajude a torna-las mais consumidas e comercializadas.